Acordar cedo é uma merda. O som do despertador - especialmente o de Bibi, que é o som de um galo estridente - me mata. Mas aí ouvi no rádio hoje que os Japoneses criaram um despertador de cheiro, projetado pra acordar surdos.
Quando dá a hora, o despertador enche seu quarto de cheiro de wasabi. Segundo as pesquisas, o cheiro faz qualquer um levantar em 2 minutos ou menos. Pra barrunfo não tem snooze!
Sexta-feira rolou o show de John Mayer. Eu não conheço todo o repertório do rapaz, mas me amarro em dois CDs ao vivo dele: o Try! e o Where the Light Is. Ambos tem arranjos de jazz interessantes, além das baladas típicas. Então arrastei Bibi pra San Jose, onde rolou o show.
A banda que abriu foi Michael Franti and Spearhead. O show foi lindo e super animado. Michael desceu do palco várias vezes, dançou e cantou com o público, deu a guitarra pra um fã tocar, e deu várias "voltas no guetto". Eu, de lá de cima, pensei: esse povo é educado mesmo. Ninguém passou a mão na bunda dele ou levou o chapéu do homem como lembrança.
O show de abertura culminou com a música "Say Hey" que agitou bastante o público. Michael pediu para todas crianças subirem no palco pra cantar com ele. Um menininho de seus 7 anos fez o desfecho cantando "I love you, I love you, I love you". Bem que podia ter sido João, né?
John Mayer tem fama de mulherengo e eu esperava ver um monte de mulher na platéia, mas você não tem noção da sopa de calcinha que foi esse negócio. Na hora do intervalo é que deu pra ver que tinha mais mulher que salão de beleza sábado de tarde. Todas arrumadas, com sapato alto e blusa decotada, como se John fosse vê-las sentadas na ala 327, lá no terceiro andar.
O show dele foi mais ou menos. Muitas baladas que eu não conhecia e não faço questão de conhecer, mas vez ou outra rolou um momento legal. Como a versão maravilhosa que ele fez de "Ain't No Sunshine". Ou o solo de bateria de Steve Jordan - cada vez que o cara parecia que ia parar, ele começava tudo de novo. Impressionante o talento do baterista!
E, claro, quando John cantou "Gravity", minha canção favorita. Lindo. Pena que não deu pra curtir tanto. O show foi no HP Pavillion, com capacidade pra 16 mil pagantes, e estava lotado. Lotado de mulher berrando.
Show de John Mayer de novo, só se for pra público de 200 pessoas ou menos. Ou eu tô ficando velha, ou essas meninas tão com mais fôlego.
Uma das coisas mais interessantes de morar em San Francisco é que a cidade é rodeada por natureza. É só dirigir vinte minutos de carro e você está no meio do mato, na beira do mar. Eu sempre tive vontade de fazer trilha, mas nunca me coçei pra aprender por onde começar.
O tempo essa semana foi bem primaveril, então chamei uma amiga pra fazer trilha esse domingo. Ela tem experiência e estava procurando companhia. Sopa no mel. Acordamos às 8 - o que foi ótimo - pegamos ela em casa e fomos atravessar a Golden Gate. A subida de Mount Tamalpais estava uma coisa linda de meu Deus, como diz o Destruidor.
Paramos o carro no topo da montanha e foi aí que caiu a ficha. São 6.5km pra descer até a praia. Tudo maravilhoso, ainda mais que o percurso é na sombra 80% do tempo. Só que se você pensar, você logo logo percebe que isso significa que são 6.5km pra subir! Mas não tem desespero. Quando a gente chega lá em baixo, rola tomar um café reforçado na praia de Stinson Beach (a propósito, comemos no mesmo lugar que comi com Dinha e Lila).
Descansada e de barriga cheia, a subida até que não foi tão mal! Os primeiros 2km foram no sol e puxados pra caramba, mas depois a trilha entrou pela floresta, o tempo todo margeando uma cachoeira. Lindo mesmo. Várias paradas pra tirar fotos e rapidinho já estávamos de volta ao topo.
Com uma experiência dessa, quem sabe trilhas não viram meu hobby de 2010?
Bibi pediu de aniversário que eu fosse passar o fim de semana com ele em Tahoe. Ele ama fazer snowboard: a neve, as manobras, o equipamento. Eu odeio frio e tenho medo de altura. Mas aniversário é aniversário e lá fui eu. No sábado ele curtiu as montanhas com Carolina e Luiz enquanto eu descansava. Olhando as fotos dele me dá uma inveja danada... uma vista maravilhosa com a neve branquinha e o lago azulzinho. Mas só de pensar no vento frio que bate na subida da gôndola e já fico passando mal de medo.
Ontem ele ficou comigo e fomos dar um rolé nas praias do lago Tahoe. O dia estava menos frio, mas a neve ainda estava fresquinha da tempestade que teve na sexta-feira. Deu pra ver as praias cobertas de neve onde normalmente tem areia e deu até pra (tentar) fazer boneco de neve.
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