Tenho andado distraído, impaciente e indeciso
E ainda estou confuso, só que agora é diferente
Estou tão tranquilo e tão contente
- Legião Urbana
Sete dias atrás eu perdi meu emprego. Sem motivo. Sem explicação. Segundo Liliu, perder o emprego é equivalente em estresse a perda de gente da família. Então estou aqui pensando em como seria essa missa de sétimo dia.
Eu costumo dizer que uma marca não me define. Bibi me ensina que o trabalho também não. Eu sou eu, licori é coquinho, e trabalho é uma coisa que a gente faz pra pagar as contas. Uns poucos sortudos trabalham com o que amam, e uns outros - como Su - tomam as rédeas da carreira e abrem seu próprio negócio. Mas no final das contas, a vida da gente é muito mais que as 8 horas de segunda a sexta que a gente passa no escritório.
Num dos posts mais lindos que já vi, Léo me ensina que eu tenho que olhar. Está tudo lá. Só basta olhar.
E nessa semana de tempo livre, eu voltei aos meus bons hábitos. Esses sim, que são reflexo de quem eu sou. Voltei a malhar, a cozinhar meu almoço, a ler livros e ver filmes interessantes. A fazer churrasco com os amigos. A sair no fim da tarde pra procurar o meu azul no céu. E sorrir, parecendo uma criança, na esquina da rua mesmo, quando eu o acho.
E me senti leve e energizada, igual como me sinto quando passo o fim de ano em Salvador. E me senti forte, ao falar com minha mãe e irmãs, essas mulheres de minha família que são a minha rocha. E me senti completa ao ver esse homem lindo que divide a vida comigo, que ao receber essa notícia chata simplesmente me disse que ia tudo ficar bem e veio pra casa só pra me dar um beijo. Tranquilo e seguro de si, com a doçura de sempre no olhar. E me senti sortuda de ter tantos amigos, que não só me ajudaram a lembrar das coisas boas, mas também passaram o meu currículo adiante, gerando ligações de algumas empresas.
A conclusão desse sermão é que eu perdi o emprego, mas me achei no processo. Paula estava certa. Isso é um presente.
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