Nas Paradas da Gegeu

Boa sorte, minha irmã!

Amanhã de manhã minha irmã vai estar defendendo a tese de mestrado dela, sonho que acalenta desde muito tempo. Eu estou a caminho de Boston, e no vôo estarei mandando boas vibrações pra ela. 

Se fosse minha mãe, estaria rezando e acendendo vela. Como não sou de reza, deixo aqui uma vela Internética.

Boa sorte, Zica!

Slumdog Millionaire

Esse ano eu vacilei e não vi nenhum dos candidatos ao Oscar, então agora estou correndo atrás do prejuízo. Finalmente fui ver Slumdog Millionaire ontem de noite e amei de montão! O filme é previsível, mas não tem como não se emocionar bastante.

Alguma coisa no olhar do ator que fez Jamal criancinha me lembrou João. As cenas com ele me deixaram com saudade de Johnny Boy. Zica, você precisa ir ver!

Como já dizia o Titãs, miséria é miséria em qualquer canto. As cenas de favela, lixão e menino pedindo em sinaleira poderiam ter sido filmadas no Brasil, com exceção das vacas.

Estou conflitada em relação à Índia. Quando aparece o Taj Mahal em toda a sua grandiosidade, me deu vontade de ir visitar. Mas aí a câmera abre e mostra o esgotão que cerca o palácio, e meio que passou a vontade.

A última coisa que esparava ouvir no meio de "Jai Ho", que ganhou o Oscar de melhor música, foi um verso todo em espanhol:

Baila! Baila!
Ahora conmigo, tu baila para hoy
Por nuestro dia de movidas,
los problemas los que sean
Salud!

Êta mundo globalizado!

A música do brugunço

Esse verão estava no carro quando ouvi a música nova de Marisa Monte. Descobri que João se refere à essa canção como "a música do brugunço", porque a letra nada mais é do que uma lista de docinhos, merendas e sobremesas (também conhecido como tudo que Bisou gostaria de estar comendo agora).

Estou aqui celebrando a sexta-feira ouvindo essa música sem parar e passando pra todo mundo do escritório. Bom fim de semana, galera!

Pudica é o caralho

Minhas irmãs estão com essa mania quando eu vou pro Brasil de me chamar de pudica. Ninguém nota que eu uso G porque estou com 10kg a mais e M não cabe - a conclusão geral é que eu virei americanóide pudica.

Então alguém moderno e descolado me explique aí a roupa de Alinne Rosa. A cantora do Cheiro de Amor disse, de cima do trio:

"Eu queria sair de mulata, mas eu peguei um sol hoje de manhã e não deu pra me queimar muito, então coloquei essa renda preta. Mas não tá dando certo, deixa eu me arrumar aqui pra não ficar nua."

E prosseguiu a ficar tentando cobrir o peito, que insistia em pular fora do sutiã, e as "partes privadas", porque a calcinha ficava escorregando.

Agora eu digo a você: eu saí no Cheiro alguns anos, e a coisa melhor que tinha era a animação de Márcia Freire. Quando eu penso no Cheiro, eu lembro de Thaís dançando "Vai sacudir, vai abalar..." Me frustra ver uma cantora que, em vez de estar animando o trio, está se escondendo atrás do guitarrista pra poder puxar a calcinha.

Não é ser pudica não, meu bem. É ter bom senso.